quinta-feira, 13 de março de 2008

CineBecos e UMOJA


Um encontro que não devemos perder!

Escritos femininos

Favela, Mulher!
Favela, mulher corajosa!
Nem criança, nem idosa
Nas mãos flores e lanças
No olhar constante esperança.
Favela, mulher maravilhosa!
Nem arrogante, nem orgulhosa
Muitas vezes parceira na dança
Outras solitária nas andanças.
Nas escadarias de tua geografia
Correndo feito menina
Seu sorriso espada que desafia.
No coração passou parafina
Abraça o caráter que não desfia
Já a face encharcou de purpurina.

por Elizandra Batista

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Evento- Pro cinema sambar

Sophia Breyner, a poeta do mar e do sol


Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, em 6 de Novembro de 1919, no seio de uma família aristocrática. E uma poetisa portuguesa que narra em suas obras um pouco sobre a velha portugal. Sophia tem um ar inovador na poesia, um canto, um ato performático.

conheça duas de suas poesias:



Catilina
Eu sou o solitário e nunca minto.Rasguei toda a vaidade tira a tiraE caminho sem medo e sem mentiraÀ luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sintoCada coisa vibrar como uma lira,Eu - coisa sem nome em que respiraToda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaçoE tenho de cumprir o meu impulso,Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulsoDespedaçou a forma do meu braçoPr'além do nó de angústia mais convulso.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Cora Coralina


Quem imaginaria que uma mulher do interior de Goías , doceira, escreveria com tanto explendo tanto quanto Celia Meireles ou Sophia Breyer.

Pois é Cora Coralina. nasce em20 de agosto de 1889, e tem seu primeiro livro "Poemas dos Becos de Goiás e outras histórias mais" publicado em 1965.

Conheça uma de suas poesias...


Eu Voltarei

Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho,servidor do próximo,honesto e simples, de pensamentos limpos.

Seremos padeiros e teremos padarias. Muitos filhos à nossa volta. Cada nascer de um filhoserá marcado com o plantio de uma árvore simbólica.A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvorede Roseta.

Seremos alegres e estaremos sempre a cantar. Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas,teremos uma fazenda e um Horto Florestal.Plantaremos o mogno, o jacarandá,o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro.Plantarei árvores para as gerações futuras.

Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros. Terão moinhos e serrarias e panificadoras.Deixarei no mundo uma vasta descendência de homense mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar.

E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros.Eu voltarei... A pedra do meu túmuloserá enfeitada de espigas de trigoe cereais quebradosminha oferta póstuma às formigas que têm suas casinhas subterrae aos pássaros cantoresque têm seus ninhos nas altas e floridasfrondes.

Eu voltarei...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Mulheres na poesia

Essa semana ouvi uma celebre frase de um senhor conversando com outro, e ele dizia "Desde que o mundo e mundo a coisas que somente homens podem fazer e outras que somente as mulheres podem fazer. Isso é pura besteira. Para quebrar essas fronteiras surgem grandes mulheres que transformam em ruínas essas barreira machista.
Uma delas e Frida Khalo, grande personalidade Mexicana, feminista e feminina.

Olá

Oi, pessoal!
Esse é um espaço para que todos possam escrever e ler algumas poesias que encantam os olhos e os ouvidos....